O tráfego aéreo de passageiros na Europa apresentou um crescimento de 4,3% no primeiro trimestre de 2025, se comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo um patamar 3,2% acima dos níveis pré-pandemia. Esses dados foram divulgados na última segunda-feira (6) pela divisão europeia do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI Europe).
De acordo com o relatório, o aumento foi impulsionado unicamente pelas viagens internacionais, que cresceram 5,7%. O tráfego doméstico, por sua vez, manteve-se estável, com um crescimento internacional que atingiu 8,9% em relação ao primeiro trimestre de 2019. O tráfego doméstico, contudo, permanece 12,8% abaixo do nível pré-pandemia.
Apesar desse avanço, o ACI Europe apontou sinais de desaceleração. O crescimento foi de 6,9% em janeiro, caindo para 3,4% em fevereiro e 3% em março. A organização observou que as celebrações de Páscoa em abril podem ter influenciado os dados do último mês do trimestre.
O diretor-geral da entidade, Olivier Jankovec, expressou preocupação com a diminuição da demanda por voos transatlânticos e sugeriu que as viagens europeias poderiam ser redirecionadas para outros mercados. Ele também manifestou apreensão em relação ao cenário macroeconômico global, mencionando o que chamou de “ataque da administração Trump ao sistema de comércio multilateral”, que poderá afetar a aviação a médio e longo prazo.
Outro alerta de Jankovec refere-se às pressões adicionais que podem impactar o setor, como atrasos na entrega e manutenção de aeronaves, limites de capacidade nos aeroportos e a estratégia das companhias aéreas que parece estar mais focada em maximizar receitas do que em expandir a oferta.
No contexto da União Europeia, o tráfego de passageiros cresceu em média 4,1% entre janeiro e março, apresentando variações significativas entre os países. Os melhores desempenhos vieram de países como Eslováquia (+15,9%), Polônia (+15,4%), Hungria (+14,7%) e Malta (+13,9%). Por outro lado, as maiores quedas ocorreram na Islândia (-2,5%), Suécia (-2,2%) e Irlanda (-0,5%).
Entre os grandes mercados do bloco, a Itália se destacou com um crescimento de 6,6%, seguida pela Espanha com 4,5% e a França com 4,2%. A Alemanha e a Áustria apresentaram desempenhos modestos, registrando +1,1% e +1,6%, respectivamente, assim como a Suíça (+1,6%) e o Reino Unido (+1,7%).
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