O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparecerá à reunião do G7 que se inicia neste domingo (15). Neste encontro, Trump estará envolvido em disputas com quase todos os países do bloco, que inclui as seis economias mais desenvolvidas do mundo, todas tradicionalmente aliadas dos EUA.
A cúpula está sendo realizada em Kananaskis, no Canadá, onde Trump já expressou o desejo de ver o país anexo aos Estados Unidos — uma ameaça que reiterou durante a visita do premiê Mark Carney à Casa Branca. Os demais membros do G7, além da União Europeia, incluem Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, países que atualmente enfrentam a guerra tarifária promovida por Trump e buscam novos acordos comerciais.
Tensões históricas
Esta cúpula marca a primeira reunião do G7 em que a presença dos Estados Unidos é considerada um desafio para outros líderes. Desde seu retorno à Casa Branca, o republicano tem intensificado um distanciamento nas relações tradicionais com as capitais europeias, levando até mesmo a uma corrida armamentista na região, com países como a Alemanha buscando independência da OTAN, frequentemente criticada por Trump.
Durante a cúpula, Trump deverá participar de várias reuniões bilaterais, mas ainda não se confirmou um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, que também foi convidado para o evento. Desde fevereiro, quando Trump e seu vice, J. D. Vance, pressionaram publicamente Zelenski, outros líderes enfrentaram situações humilhantes em audiências no Salão Oval.
Discussões sobre sanções
Os participantes do G7 discutirão novas sanções contra a Rússia em razão da invasão da Ucrânia, um tema em que o apoio dos EUA tornou-se incerto. Autoridades alemãs têm comentado reservadamente que será uma oportunidade para avaliar a disposição de Trump em relação a medidas contra o Kremlin, após críticas do republicano acerca do impasse entre Moscou e Kiev. Recentemente, a União Europeia anunciou novas sanções econômicas direcionadas ao sistema financeiro e energético russo.
Além dos líderes do G7, participarão como convidados o Brasil, a Índia e o México, com o presidente Lula previsto para comparecer. Auxiliares do petista comentam que ele deve focar sua participação na transição energética, evitando embates diretos com Trump. Alguns aliados acreditam que uma interação em público com Trump poderia fortalecer sua imagem política, posicionando-o como um contraponto ao presidente americano.
Perspectivas para Lula
Embora exista a expectativa de um discurso emblemático de Lula, um embate direto com Trump é considerado improvável. Essa abordagem, mais agressiva, não condiz com a forma como o ex-presidente brasileiro tem atuado em cúpulas anteriores do G7.
Assim, ainda não há confirmação de encontros bilaterais entre Lula e Trump, mas muitos veem a participação do brasileiro como uma chance de destacar os objetivos de sua presidência na governança internacional.
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