No próximo dia 2 de abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que revelará um novo tarifaço que pode incluir o Brasil, com a possibilidade de uma sobretaxa a todos os bens brasileiros exportados para os EUA.
Conforme mencionado pelo jornal Folha de S. Paulo, uma fonte da Casa Branca indicou que ainda não está decidido se o Brasil será inserido na política de tarifas que Trump pretende anunciar. A Casa Branca declarou que qualquer país considerado ‘desleal’ nas relações comerciais com os EUA sofrerá tarifas uniformes e individuais sobre todos os seus bens.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, mencionou que o foco do anúncio será voltado para os países que, de fato, têm explorado os Estados Unidos.
Em um cenário repleto de incertezas, ainda não se sabe quais produtos brasileiros poderiam ser afetados por essa nova política de tarifas. Há rumores indicando que o etanol poderia ser o principal produto taxado, uma vez que frequentemente é apontado por Washington como um exemplo do tratamento comercial injusto que o Brasil estaria aplicando.
No entanto, com a mais recente abordagem do tarifaço, é possível que todos os produtos brasileiros enviados aos EUA estejam sob risco de tarifas adicionais.
Trump afirmou que o tarifaço a ser anunciado em abril pode ser mais flexível do que a abordagem recíproca, dizendo: ‘Eu provavelmente serei mais flexível do que recíproco, já que se fosse recíproco, seria muito difícil para as pessoas.’ Durante uma entrevista ao canal Newsmax, o presidente também comentou sobre a continuidade das discussões em relação a eventuais exceções às novas tarifas.
Além disso, um comunicado recente do USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) listou os países que apresentam o maior desequilíbrio comercial com os EUA, incluindo Brasil, Canadá, China e outros.
Relatórios da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) indicam que, em 2024, as exportações industriais brasileiras para os Estados Unidos devem alcançar a cifra de US$ 31,6 bilhões, colocando o país governado por Trump como o principal destino dos produtos industriais brasileiros.
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