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Valdemar diz que Bolsonaro escolherá candidato do PL à Presidência da República em 2026

Valdemar diz que Bolsonaro escolherá candidato do PL à Presidência da República em 2026

Em um anúncio publicitário da sigla, exibido na noite de sábado (15), o político afirma que essa é uma dívida do PL com Bolsonaro.

BRASÍLIA – O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou que Jair Bolsonaro irá escolher o candidato do partido à Presidência da República em 2026, caso o ex-presidente não consiga reverter as duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornaram inelegível até 2030.

Em um anúncio publicitário da sigla, exibido na noite de sábado (15), Valdemar afirma que essa é uma dívida do PL com Bolsonaro. Segundo ele, o político é quem tem os votos e foi o principal responsável por transformar a sigla no “maior partido do Brasil”.

“Nós queremos o Bolsonaro candidato a presidente do Brasil pelo PL. Agora, se ele não for, quem decide quem vai ser o candidato a presidente é o Bolsonaro, quem decide quem vai ser o candidato a vice-presidente é o Bolsonaro. Devemos isso a ele. É ele que tem os votos. O Bolsonaro e o povo brasileiro fizeram do PL o maior partido do Brasil.

O TSE condenou, em outubro do ano passado, Bolsonaro por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, realizadas em 7 de setembro de 2022 em Brasília e no Rio de Janeiro. A maioria dos ministros entendeu que ele usou a máquina pública em prol da eleição.

Um pouco antes, em junho de 2023, o ex-presidente já havia se tornado inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O motivo foi uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, ele questionou as urnas eletrônicas e a segurança do processo eleitoral.

Desde então, o ex-presidente tenta reverter esse resultado – tanto na Corte Eleitoral quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). Para receber a benção dele para a disputa nacional em 2026 alguns nomes são cotados, como os dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Preocupados com a estratégia política para as eleições municipais deste ano, Valdemar da Costa Neto e Jair Bolsonaro buscam autorização do Supremo para revogar a medida cautelar que impede o encontro entre os dois. A última solicitação foi negada pelo ministro Alexandre de Moraes na sexta-feira (14).

O contato entre os dois políticos é considerado por membros do partido como fundamental para o resultado do PL no pleito de outubro deste ano, que definirá prefeitos e vereadores. A legenda espera, a partir da mobilização deles, fazer frente a uma nova polarização no cenário entre Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ambos foram alvos da operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro pela Polícia Federal (PF). Os agentes investigam “a tentativa de golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”. Citações apontam que Bolsonaro ordenou pessoalmente ajustes em uma minuta de golpe.

As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, para tentar viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital. Segundo a PF, há indícios dos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Valdemar da Costa Neto chegou a ser preso no âmbito da operação. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o presidente nacional do PL, agentes federais encontraram na residência dele uma arma sem registro e uma pepita de ouro. Com autorização de Moraes, ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Ele foi solto dois dias depois da operação. Valdemar foi descrito no inquérito da PF como um dos responsáveis por usar a estrutura do PL, inclusive a parte financeira, para elaborar estudos que colocassem em descrédito o sistema eleitoral brasileiro, mais especificamente sobre as eleições presidenciais de 2022.

Confira a matéria completa em: zug.net.br

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