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VEJA VÍDEO: O perigo no caminho até a escola. Pais denunciam corte de transporte escolar em Bom Jesus do Galho (MG)

VEJA VÍDEO: O perigo no caminho até a escola. Pais denunciam corte de transporte escolar em Bom Jesus do Galho (MG)

Alunos do Córrego do Macaquinho estão sem ônibus desde o retorno das aulas, e pais afirmam que problema compromete a educação e a segurança das crianças. Transportadas em motocicletas, as crianças chegam na escola imundas de tanta poeira e completamente desmotivadas.

BOM JESUS DO GALHO  – Desde o volta às aulas,  um obstáculo inesperado surgiu para famílias do Córrego do Macaquinho, na zona rural de Bom Jesus do Galho. O transporte escolar, essencial para que os estudantes cheguem à escola, foi interrompido sem aviso prévio, segundo moradores. Pais relatam dificuldades para levar os filhos às aulas e denunciam que a medida impacta diretamente o direito à educação de crianças e adolescentes.

Grimaldo Gonçalves, pai de dois alunos afetados, conta que foi surpreendido na véspera do retorno das aulas. “Entramos em contato com o motorista e ele nos disse que não tinha mais autorização para levar nossas crianças para a escola. A ordem teria vindo do prefeito”, afirma. Ele tem dois filhos que dependem do transporte, além de sobrinhos e vizinhos na mesma situação.

LONGAS DISTÂNCIAS E FALTA DE RESPOSTA OFICIAL

Desde então, sem o ônibus escolar, algumas crianças estão deixando de frequentar as aulas. Segundo Grimaldo, a escola mais próxima não tem estrutura adequada e opera com salas multisseriadas, onde estudantes de diferentes idades compartilham o mesmo espaço. “Já deixei meu filho nessa escola anos atrás, e ele teve dificuldades enormes para recuperar o atraso”, explica.

Os alunos matriculados na escola do Quartel Sacramento percorriam cerca de 7 km diariamente no transporte escolar. Algumas famílias, no entanto, moram ainda mais longe. “Tem um pai aqui que mora a 12 km da escola. Como uma criança pequena vai andar tudo isso a pé?”, questiona.

Os responsáveis buscaram esclarecimentos junto à Secretaria de Educação, mas não obtiveram resposta concreta. “Falaram que o Executivo resolveria, mas até agora nada”, diz Grimaldo. Ele e outros pais cogitam acionar o Ministério Público para garantir o transporte escolar.

ROTINA AFETADA E IMPACTO NA ECONOMIA FAMILIAR

Além do impacto na educação das crianças, a interrupção do serviço afeta a rotina das famílias. Moradores relatam que precisam abandonar afazeres para levar os filhos à escola e buscá-los no fim do dia. Para quem vive da agricultura, essa mudança representa prejuízo. “O serviço na roça já é pesado. Agora, ainda temos que levar as crianças para a escola e buscá-las. Isso está tirando nosso sustento”, relata um dos pais.

O trajeto, feito por estradas de terra, é outro desafio. Segundo os moradores, as vias estão em condições precárias, dificultando a locomoção. “As pedras colocadas no caminho tornam a caminhada quase impossível. As crianças machucam os pés. Só quem anda aqui sabe como é difícil”, desabafa Grimaldo.

DESMONTE DO TRANSPORTE ESCOLAR

Os pais acreditam que a interrupção do transporte faz parte de um movimento da administração municipal para manter uma escola rural com poucos alunos, gerando empregos prometidos em campanha. “A gente ouve que esse transporte foi criado justamente para evitar que escolas menores ficassem abertas sem necessidade, levando os alunos para unidades mais estruturadas. Agora, parece que querem manter essa outra escola para garantir cargos”, afirma um morador.

O serviço de transporte funcionava regularmente até o ano passado. Quando havia imprevistos, os motoristas avisavam os pais, que buscavam alternativas para levar os filhos. Desta vez, no entanto, a interrupção foi repentina e sem justificativa oficial. “Tirar o transporte de vez, sem aviso, é um absurdo”, critica Grimaldo.

PAIS PROMETEM MOBILIZAÇÃO

Diante da falta de respostas concretas, a comunidade estuda formas de pressionar a prefeitura. Além de procurar a Secretaria de Educação, os moradores cogitam ingressar com uma denúncia no Ministério Público. “Isso é abuso de autoridade. Estamos sendo tratados como se fôssemos ignorantes, como se não soubéssemos que temos direitos”, reclama um pai.

SEM RESPOSTA

Desde a suspensão do transporte escolar, as famílias têm se mobilizado em busca de soluções. Os pais recorreram inicialmente à Secretaria Municipal de Educação, mas relataram a ausência de retorno por parte da secretária Ludmila, responsável pela pasta. Em seguida, buscaram apoio na Superintendência Regional de Ensino de Caratinga, onde foram atendidos pela inspetora Patrícia, sem avanços concretos. Na tentativa de assegurar o direito das crianças, acionaram também o Conselho Tutelar, vereadores e, por fim, formalizaram uma denúncia ao Ministério Público. Apesar das iniciativas, nenhuma providência efetiva foi tomada até agora.

O JBN não conseguiu estabelecer contato com a Secretária Municipal de Educação, e muito menos com o prefeito de Bom Jesus do Galho.

 

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