FABRICIANO (Vídeo enviado por Leitor) – Uma cena inusitada foi registrada nesta segunda-feira (14) na rua Maria Matos, no coração da cidade de Coronel Fabriciano. Uma quantidade enorme de cães se mostrou indiferente mesmo diante do vai e vem da população.
Bem a porta de uma loja que vende óculos e lentes, a população de cães de rua, levando pelo lado cômico da situação, parecia aguardar uma promoção. Tranquilos, sem perturbar ou serem perturbados, permaneceram no local descansando e fazendo estilo para fotos e filmagens.
A realidade dos cães vadios
O número de cães vadios circulando pelas ruas e praças das cidades do Vale do Aço tem crescido de forma alarmante, gerando preocupação entre os moradores. A presença desses animais em situação de abandono tem sido associada a riscos sanitários, uma vez que muitos estão apresentando sintomas de doenças graves, como leishmaniose e raiva, que podem ser transmitidas aos seres humanos.
Vez e outra deparamos com denúncias de moradores que relatam que pessoas de outras cidades menores estão trazendo cães e os abandonando no Vale do Aço, agravando ainda mais o problema. Atualmente, apenas cães doentes são resgatados nas três maiores cidades | Timóteo, Coronel Fabriciano e Ipatinga | mediante denúncias.
Alimentar cães na rua
A preocupação também recai sobre a alimentação oferecida aos animais no centro da cidade. Enquanto algumas pessoas defendem a prática como uma forma de minimizar o sofrimento dos cães, outras acreditam que essa atitude pode estar incentivando a permanência e o aumento do número de animais de rua.
O Francisco de Assis, morador do bairro Todos os Santos, disse que ao sair do supermercado, achou a imagem muito engraçada. Por outro lado, ele acha lamentável o questionamento de certas pessoas, porque cachorro e gato sentem fome, sede e dor. “Acho uma irresponsabilidade não os alimentar. Outra coisa que revolta é o abandono desses animais. Se a pessoa não quer ou não pode criar, deve doar para alguém, não simplesmente soltar na rua. Isso causa transtornos, com cães atravessando as vias, motoristas freando bruscamente e, às vezes, acidentes envolvendo motociclistas. Os cães não têm culpa, mas as pessoas precisam se conscientizar”, afirmou.
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