O Vietnã foi oficialmente anunciado como o mais novo país parceiro do Brics nesta sexta-feira (13), em uma declaração feita pela presidência brasileira do bloco, que lidera as atividades este ano.
Com essa decisão, o Vietnã se junta a outros nove países parceiros do Brics, como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. A categoria de parceiro foi criada durante a 16ª Cúpula, que ocorreu em Kazan, na República do Tartaristão, em outubro de 2024.
Com uma população próxima de 100 milhões de habitantes, o Vietnã se destaca na região graças a uma economia dinâmica e fortemente integrada às cadeias globais de valor.
“O país compartilha com os membros e parceiros do Brics o compromisso com uma ordem internacional mais inclusiva e representativa. Sua atuação em prol da cooperação Sul-Sul e do desenvolvimento sustentável reforça a convergência com os interesses do agrupamento”, afirmou a presidência brasileira ao anunciar a nova parceria.
Como país parceiro, o Vietnã terá um convite garantido para a Cúpula do Brics, participações nas reuniões dos ministros das Relações Exteriores e a possibilidade de integrar outros espaços de diálogo do bloco, a serem decididos por consenso entre os países membros.
Os países parceiros têm o direito de endossar as Declarações de Cúpula do Brics e documentos finais, podendo assim influenciar as diretrizes do bloco.
Atualmente, o Brics é composto por 11 países-membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia, que juntos representam cerca de 48,5% da população global.
No comércio internacional, essas nações respondem por 24% do total das trocas mundiais. O Brics detém também aproximadamente 72% das reservas mundiais de minerais de terras raras, 43,6% da produção mundial de petróleo, 36% da produção de gás natural e 78,2% da produção global de carvão mineral.
A corrente de comércio entre o Brasil e o Brics atingiu USD 210 bilhões, o que representa 35% do total do comércio brasileiro em 2024. O bloco recebeu USD 121 bilhões das exportações brasileiras, correspondendo a 36% do total exportado, enquanto as importações do bloco somaram USD 88 bilhões, representando 34% do total importado no mesmo ano.
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