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Zema pede ao STF prorrogação do prazo para fim da carência da dívida de MG

Zema pede ao STF prorrogação do prazo para fim da carência da dívida de MG

Sem o Ministério da Fazenda, o governador Romeu Zema (Novo) protocolou, nesta quarta-feira (6/12), o pedido para prorrogar por mais 120 dias o prazo para o fim da carência do pagamento da dívida de R$ 156,57 bilhões do Estado de Minas Gerais com a União junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O prazo, determinado pelo STF em junho passado ao referendar a habilitação do Estado para aderir ao RRF, se esgotaria em 20 de dezembro. Caso o pedido seja deferido pelo ministro Kássio Nunes Marques, a data-limite passaria para 20 de abril.

Amparado pela proposta alternativa à adesão ao RRF apresentada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), a petição requer que a prorrogação “até o esgotamento final e completo dessa via de autocomposição”. “De modo a viabilizar, sem prejuízo a Minas Gerais, suas instituições e poderes, as análises e tratativas técnicas, jurídicas e políticas entre o Estado, a União, com participação do Congresso Nacional, por meio do senador Rodrigo Pacheco, e o Ministério da Fazenda, por seu ministro Fernando Haddad (…)”, formalizou Zema.

A manifestação foi feita nos autos da mesma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) – 983 – em que o Estado havia pedido o aval do STF para aderir ao RRF sem a autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Por cautela, Zema pede que, caso o trânsito em julgado da ADPF seja um problema, a petição seja encaminhada ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, “para conhecimento, e, ao final, deferimento e instauração de tentativa de negociação federativa, como procedimento autônomo”.

A prorrogação por mais 120 dias é considerada necessária pela ALMG para que o Ministério da Fazenda analise a viabilidade da proposta de Pacheco. Quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu a sugestão, que é encampada por Tadeuzinho, pediu até março de 2024 para um parecer. Embora tenha defendido inicialmente que o Ministério da Fazenda teria que assinar conjuntamente a petição, o governo Zema anunciou, nessa terça (5/12), que pediria a extensão da data-limite ao STF sem o coro da União após uma reunião frustrada na Secretaria do Tesouro Nacional.

Além de sugerir a federalização da Cemig, da Codemig e da Copasa para abater parte da dívida de R$ 156,57 bilhões, a ideia de Pacheco sugere que o governo ceda à União como crédito os R$ 8,7 bilhões a título de compensação pela Lei Kandir e a parte a que o Estado terá direito após a repactuação do acordo de reparação pelo rompimento da Barragem da Mina do Fundão, em Mariana, em 2015. Então, segundo a alternativa apresentada pelo presidente do Congresso, o restante da dívida seria dividido em 12 anos.

Confira a matéria completa em: zug.net.br

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